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Tudo sobre a Mielopatia Cervical

Atualizado: 6 de out. de 2022

A Mielopatia Cervical ou Mielopatia Espondilótica Cervical é lesão da medula espinhal no pescoço.

Cervical = coluna no pescoço Espondilótica = degeneração espinhal Mielopatia = dano à medula espinhal

A medula espinhal começa na base do cérebro e desce pelo canal espinal, um tubo fechado feito de ossos, cartilagem e tecido ligamentar da coluna. A medula espinhal transmite sinais eletroquímicos entre o cérebro e o corpo. A medula espinhal é cercada por alguns milímetros de espaço cheio de líquido, o que ajuda a protegê-la do trauma e permite flexibilidade sem ferimentos na medula espinhal.


Mielopatia, ou danos na medula espinhal, podem ocorrer por várias razões. A causa mais comum de mielopatia é quando a medula espinhal é comprimida ou estirada/esticada. Essa compressão interrompe a transmissão normal do nervo. Artrite/Artrose da coluna vertebral ou espondilose é a razão mais comum de medula espinhal comprimida/lesionada.

Espondilose refere-se a alterações degenerativas ou relacionadas à idade na coluna. Essas alterações incluem degeneração do disco, esporões ósseos (osteófitos/bicos de papagaio) e ligamentos espessados.

A mielopatia espondilótica cervical, portanto, é mielopatia (lesão medular) causada por espondilose (degeneração) na coluna cervical (pescoço). Ela afeta as fibras da medula espinhal que transmitem impulsos para os braços, mãos e pernas. Como resultado, pode causar fraqueza, dormência, formigamento ou, raramente, dor nessas áreas.


Sintomas

Os sintomas da mielopatia espondilótica cervical dependem dos níveis da medula espinal envolvidos e do padrão do envolvimento.

Os sintomas podem incluir:

  • dormência das mãos

  • falta de jeito das mãos (queda de objetos)

  • fraqueza nos braços e / ou mãos

  • rigidez nas pernas (“andar como um robô, andar como embriagado”)

  • dificuldade de andar

  • perda de equilíbrio

  • urgência urinária

  • dor cervical - pode estar presente, mas geralmente não é uma queixa significativa

O momento do aparecimento dos sintomas e progressão varia de pessoa para pessoa. A taxa de progressão dos sintomas também pode mudar com o tempo. Os sintomas podem progredir rapidamente por um período de tempo e depois entrar em um período de estabilidade. Alternativamente, os sintomas podem progredir lentamente, mas de forma constante.

Causas e Fatores de Risco

A mielopatia espondilótica cervical é causada por espondilose ou degeneração relacionada à idade. De fato, a mielopatia espondilótica cervical é o distúrbio espinhal mais comum em pessoas com mais de 50 anos de idade. Alterações degenerativas comuns incluem esporões ósseos (osteófitos), protuberâncias de disco vertebral e ligamentos espessados.

Essas mudanças podem estreitar o canal vertebral, invadindo o espaço cheio de líquido ao redor da medula espinhal. Eventualmente, essa estenose, ou estreitamento, pode colidir/bater com a própria medula espinhal. A compressão resultante aperta e danifica as fibras delicadas da medula espinhal.

Testes e Diagnóstico

Como a mielopatia espondilótica cervical pode causar sintomas similares a outras condições, e os pacientes podem apresentar uma variedade de sintomas, o diagnóstico de mielopatia espondilótica cervical pode ser difícil. O cirurgião irá avaliar o histórico do paciente e realizar um exame. Seu cirurgião de coluna pode solicitar uma variedade de procedimentos diagnósticos para descartar outras possíveis condições. Possíveis testes mais específicos incluem:

Tomografia computadorizada pós-mielografia (mielo-CT) - consiste em radiografias realizadas após a injeção de material de contraste radiopaco no líquido espinhal por meio de uma punção lombar. Este procedimento pode fornecer imagens úteis do interior do canal vertebral e pode revelar indentações do saco de fluido espinhal causada por discos protuberantes ou esporões ósseos que podem estar comprimindo a medula espinhal ou nervos. Realizado em pacientes que apresentam contraindicações de realizar a RM.

Ressonância magnética (RM) - o melhor método de imagem da medula espinhal, raízes nervosas, discos intervertebrais e ligamentos. A ressonância magnética pode ser usada para obter imagens de alta resolução do canal medular cervical e da medula espinhal.

Eletroneuromiografia – Para avaliar e descartar outras lesões neurológicas desmielinizantes.

Tratamentos

O tratamento primário da mielopatia espondilótica cervical é descomprimir a medula espinhal (remover a pressão dela). A cirurgia é realizada para prevenir a progressão dos sintomas. Em outras palavras, o objetivo da cirurgia é simplesmente evitar que os sintomas piorem. Danos que ocorreram na medula espinhal podem curar, mas é impossível prever o grau de cura. O prognóstico é diferente em todos os casos.


Seu cirurgião de coluna deve ser capacitado com título de especialista pela SBC e com residência médica pela SBOT ou SBC com sua respectiva especialidade médica com o objetivo de ter a experiência na avaliação de casos de mielopatia espondilótica cervical, na formação de planos de tratamento individualizado e na realização de cirurgias de descompressão. O procedimento exato escolhido é baseado na localização e no tipo de estenose, no alinhamento geral da coluna cervical e em muitos outros fatores.

O cirurgião pode realizar uma cirurgia a partir da frente do pescoço, o que é chamado de abordagem anterior. Esses procedimentos cirúrgicos podem incluir o seguinte:

  • Discectomia cervical anterior e fusão/artrodese

  • Discectomia cervical e artroplastia

  • Corpectomia cervical anterior

Em outras situações, o cirurgião pode realizar uma cirurgia na parte de trás do pescoço, o que é chamado de abordagem posterior. Esses procedimentos cirúrgicos podem incluir o seguinte:

  • Laminectomia cervical sem fusão

  • Laminectomia cervical com fusão/artrodese

  • Laminoplastia cervical

Em alguns casos, o cirurgião pode realizar a cirurgia usando uma abordagem anterior e posterior, procedimento chamado em 360 graus.

Seu cirurgião de coluna deverá fornecer informações sobre os procedimentos cirúrgicos disponíveis e deve adaptar o tratamento a cada paciente e a cada caso.


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