PSEUDOARTROSE DA COLUNA
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O que é
Pseudoartrose da coluna?
A pseudoartrose é um osso quebrado não curado, também conhecido como não-união ou artrodese não consolidada. Geralmente, ossos danificados ou quebrados curam com o tempo, formando um novo tecido ósseo conectando as partes danificadas do osso. No entanto, se o osso danificado não cicatrizar, ele é chamado de não-união ou, "pseudoartrose", sendo que o termo pseudoartrose refere-se à formação de um osso falso devido à cura inadequada.
A pseudoartrose acontece quando uma fusão espinhal é malsucedida. A fusão espinhal é um tipo de cirurgia nas costas dada para uma variedade de problemas, incluindo, mas não limitada a:
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correção da curva de escoliose
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problemas de disco
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fraqueza ou instabilidade na coluna vertebral (que pode ser infecção ou tumor)
O objetivo final de uma fusão espinhal é reduzir a dor e melhorar a função. Segundo a Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos (AAOS), a fusão espinhal é essencialmente um processo de soldagem. A ideia é unir as vértebras vizinhas e doloridas e, com o tempo, permitir que elas se fundam em um único osso sólido.
A AAOS diz que (muitas vezes, junto com "instrumentação", como hastes, parafusos e / ou fios) todas as fusões da coluna devem envolver a colocação de algum tipo de osso; ele pode ser sintético ou da própria pessoa.
Pseudoartrose ou Falta de consolidação de artrodese em cirurgia de coluna
A cirurgia de artrodese lombar inclui principalmente a imobilização dos ossos lombares após o alinhamento adequado, que inicia o processo de cicatrização natural e proporciona estabilidade ao osso. A imobilização inclui colocação de moldes, aparelhos, placas ou parafusos metálicos, hastes intramedulares e fixadores externos para manter os ossos da coluna em posição até que eles estejam curados.
A má cicatrização do osso na região da coluna ocorre, geralmente, devido à falha da cirurgia lombar (por exemplo, fusão lombar) que leva à formação de uma não-união. Normalmente, os ossos lombares danificados após a cirurgia cicatrizam, formando um novo tecido ósseo entre os ossos da coluna vertebral. No entanto, se o osso lombar não cicatrizar/consolidar, isso resultará na formação da pseudoartrose.
A razão do organismo e do tecido ósseo não cicatrizar bem os ossos que não curam, podem ser:
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ossos inadequados colocados na área de fusão
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movimento excessivo através da área de fusão que limita a cicatrização
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infecção e alinhamento sub-ótimo ou técnica de fusão
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doenças endócrino metabólicas
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baixa vitamina D
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baixo metabolismo ósseo
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problemas hormonais
Causas
A não-união é uma complicação séria da cirurgia de fusão lombar. Ocorre quando os ossos lombares se desprendem de tal forma que a estabilidade e o fluxo sanguíneo do osso são prejudicados.
Fatores de risco de não união incluem:
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Fumo ou uso de tabaco
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Idade avençada
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Anemia severa
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Diabetes
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Infecção
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Medicamentos como Anti-Inflamatórios Não Esteroides (AINEs)
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Dieta pobre (baixa proteína, cálcio, vitamina C e vitamina D)
O controle dos fatores de risco pode impedir a chance de desenvolver uma pseudoartrose.
Sintomas
A não-união pode causar dor nas costas ou no local da cirurgia, que persistem após nove meses a um ano de cirurgia. Pode ser uma dor contínua ou estar associada a movimentos da coluna. Deve-se sempre afastar as dores de origem psicossomática.
Diagnóstico
Seu médico especialista em coluna vertebral diagnostica a pseudoartrose com base nos achados, como dor no local da cirurgia, lacuna persistente sem osso sobre o local da cirurgia ou progresso inadequado ou inexistente na consolidação óssea.
O médico confirma o diagnóstico de não-união após a verificação do osso lombar danificado e seu progresso na cicatrização usando exames de imagem como raio X, tomografia computadorizada (TC) e ressonância nuclear magnética.
Em casos raros, exames de sangue podem ajudar a determinar a causa da formação óssea (deficiência e alteração metabólica), como infecção e outras condições que retardam a cicatrização óssea, como diabetes e anemia.
Tratamento
O tratamento da não união compreende abordagens não-cirúrgicas e cirúrgicas, entre as quais o médico decide o apropriado com base em sua condição.
Tratamento não cirúrgico
O tratamento não cirúrgico é mais comum nos Estados Unidos. O uso de um estimulador ósseo, um pequeno dispositivo que fornece ondas eletromagnéticas ultrassônicas ou pulsadas, para estimular o processo de cicatrização. Para obter resultados ótimos, o estimulador ósseo deve ser usado diariamente por pelo menos 20 minutos a uma hora. Ainda são necessários mais estudos para sua ampla liberação e comercialização. Possui custo elevado.
Tratamento cirúrgico
A abordagem cirúrgica é recomendada somente se abordagens não cirúrgicas falharem em mostrar melhora. A opção cirúrgica disponível inclui a colocação de enxerto ósseo ou substituto de enxerto ósseo (sintético). Também deve-se realizar exames de sangue e corrigir possíveis déficits de vitamina D e checar o metabolismo do cálcio e se necessário fazer uso de medicamentos específicos do metabolismo ósseo.rios para fornecer estabilidade ao local da cirurgia.
Demonstração de enxerto póstero-lateral
Enxerto ósseo ou substituto do enxerto ósseo
O enxerto ósseo ou seu substituto ajuda na escalada do processo de cicatrização. O enxerto ósseo fornece células ósseas frescas e substâncias químicas naturais que desempenham um papel importante no processo de cicatrização óssea.
Enxertos Autólogos, Aloenxertos e Enxertos Sintéticos
Enxertos Autólogos são os melhores que existem, porém com o inconveniente de serem dolorosos, pois o osso é retirado do próprio paciente e a área doadora que, nesses casos pode ser a crista ilíaca, pode ficar com dores durante um determinado tempo.
O aloenxerto (osso de cadáver - muito usado nos Estados Unidos) é um método que evita a coleta de osso dos pacientes e evita a dor, mas apresenta risco de infecção.
O substituto do enxerto ósseo (sintético) não fornece células ósseas frescas para a cicatrização normal, no entanto, contém substâncias químicas que o corpo precisa para fazer osso.
O enxerto ósseo ou o substituto do enxerto isolado não proporcionam estabilidade ao local da cirurgia. Outros procedimentos cirúrgicos, como fixação interna e fixação externa, podem ser necessários para fornecer estabilidade ao local da cirurgia.
Para saber qual o melhor tratamento indicado para sua patologia, o paciente deve sempre procurar um médico especialista.